histórico






II SALÃO DE ARTES DA AERONÁUTICA

Inaugura-se hoje, às 20 horas, no Museu de Arte de Belo Horizonte – Pampulha – o II Salão da Aeronáutica, evento que oferece ao público um quadro expressivo da atual produção plástica do Estado.
Apesar de realizar-se paralelamente ao Salão nacional, o salão não sofreu quaisquer desgastes, conseguindo reunir um expressivo contingente de artistas representativos das diversas tendências hoje em voga.
Premiados do Salão, Jader Barroso com uma pintura bonita, chapada, que pelo seu rigor e síntese ganhou força e expressão: Ricardo Ferrari, mantendo-se na mesma linha que lhe valeu outro prêmio no Salão do Futebol, realiza uma pintura densamente carregada de símbolos e signos; Marcos Coelho Benjamin, com um objeto – montagem explícita e pertinência da regularidade de sua premiação em vários e consecutivos salões, um viço, uma atualidade, uma sempre novidade que leva o júri entende-lo cada vez, como uma nova descoberta; Luiz Henrique Vieira, perfeito nas montagens que elabora, no uso inteligente da colagem e do Xerox, alcança soluções extremamente requintadas e de indisfarçável sabor cítrico; Fernando Flávio Rodrigues sensibiliza o espectador pela veemência de uma pintura solta, despojada, não convencional; o Grupo Oficina integrado pelas artistas Glória Lamounier, Helenice Costa, Oneida Gerken, Patrícia Figueiredo, Zélia Mendes, e Zirt Greco faz jus ao prêmio que lhe coube com a série de estandartes em que inova o uso do papel artesanal através de uma estética bem resolvida, bem mineira; finalmente, Rosângela Rennó, referência especial do júri, com um trabalho bem realizado, sensível, inteligente.
Também boas presenças, Marcelo Brandão com seu excelente desenho; Eliana Rangel, surpreendendo pela notável renovação de sua pintura; Carmen Diniz, lançando com sabedoria o uso do papel-manteiga; Simone Amaral, um desenho lindíssimo a que superpõe à aquarela e o grafite; Nícia Braga, com uma série de caixas de boa inventiva; Sérgio Cappae, um jovem pintor que revela fôlego e tem futuro; Ninya Aragão, bom trabalho em que se revela mais solta, dando vida e movimentação às suas figuras; Flávia Rodrigues Coelho faz o aproveitamento de materiais descartáveis – no caso o sabugo – culminando numa composição bem estruturada e de bom efeito visual; Cláudia Renault, manipulando, com sabedoria, a montagem de caixas/objetos; Thais Helt defende, com desenvoltura, o vigor da litografia mineira; Eymard Brandão, um desenho sempre seguro, com bom domínio de técnica.









AS BOAS SURPRESAS DO SALÃO DA AERONÁUTICA

O Salão da Aeronáutica, evento que a cada ano vem adquirindo maior crédito e respeitabilidade, na sua edição de 87 atraiu em grande contingente de artistas, ou seja, cerca de 300 inscrições e quase 900 obras a serem julgadas pela comissão composta por Maristela Tristão, Sara Avilla, Maria do Carmo Arantes, tenente coronel Jonas Henrique Silveira e esta colunista.
Dentro do elevado percentual de 75% de corte, o júri pode estabelecer uma seleção rigorosa e correta destacando, como prêmios, as obras dos seguintes artistas: Primeiro Prêmio dentro do tema: “O Homem e o Espaço”: Getúlio Moreira que conseguiu com o seu desenho miniatural, estabelecer um instigante e sensível questionamento do espaço; o 2º Prêmio coube a Leonardo Mendes, uma pintura espontânea e vigorosa, de paleta forte e arrojada; 3º Prêmio, Nelson Cruz, com uma pintura eloquente, permeada de símbolos; referencias especiais do júri para o bom e irreverente desenho de Marco Paulo Ribeiro Rolla e ao interessante e bem realizado trabalho de Nunzia Silluzio.
No tema livre, o primeiro prêmio coube a Claudia Renault que desenvoltamente prossegue na sua pesquisa de intervenção na madeira; o 2º prêmio foi dado a Breno Barbosa Silva, um jovem artista que investe, vigorosamente numa pintura de grande impacto; 3º prêmio a Luiz Henrique Vieira, sempre um inteligente e sagaz articulador de ideias; indicação de prêmio a Ninya Aragão com caixas/montagens engenhosamente armadas como suporte de desenhos, pinturas e colagens; referências especiais do júri para a boa pintura de Fernando Fonseca e Eymard Toledo. Pela qualidade do trabalho que apresentaram a coluna destaca ainda Marta Neves (pequenos objetos de delicioso humor) Humberto Guimarães (um desenho sempre correto), Fernando Pacheco (começando a enveredar por uma linha próxima de Schwanke), Helena Maria Fernandes Muniz, Fernando Flávio, Marcelo Brandão, Cristina Corradi, Eimir Fonseca Magalhães, Túlio Alvin (pesquisando as possibilidades do branco), Leandro Gontijo (pena que tenha apresentado apenas um trabalho), Roseanne Oliveira Silva, Francisco Magalhães, Antônio Eustáquio Costa Dias, José Carlos Macedo, Sergio Cappae, Roberto Simão (em visível crescimento), Ricardo Homem, Fani Braker, Nídia Negromonte (um bom desenho “engolido” pela excessiva intromissão de montagem) Piti e Cida Nogueira.









XII SALÃO DE RIBEIRÃO PRETO

 Inaugura-se, na próxima semana, o XII Salão de Ribeirão Preto, evento que abastecido de certa dose de tradição tem respeitabilidade e por isto transcorre com a forte concorrência de artistas de várias regiões do País.
Nesta edição, a representação de Minas foi numerosa, a maior depois de São Paulo. Não só numerosa, como forte pela sua indiscutível qualidade.
O Salão, no seu todo, pela diversidade de técnicas, abordagens e enfoque traça um bom perfil das tendências hoje em voga no País.
Júri composto pelo crítico Walmir Ayala, Gilberto Chateaubriand, Fernando Pamplona (diretor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro), Prof. Tadeu Chiarelli (da Escola de Arte e Comunicação de São Paulo) e Celma Alvim premiou os seguintes artistas: Marcos Coelho Benjamim que apresentou série de objetos em madeira de refinado trato técnico e saborosa inventiva; Teresa Duarte, com um excelente desenho; Paulo Pardini, indiscutivelmente com a melhor gravura do salão; Helena Muniz, desenho habilmente armado, mesma série recentemente premiada no Salão de Viçosa; Branhuilda, técnica mista com predominância de pintura sobre tecido; José Ricardo Romero, prêmio especial do júri, setor de vídeo. As referências especiais ficaram para o pintor Alex Fleming e o escultor Vaccarini.
Dado o grande número de firmas locais interessadas na aquisição de obras do salão, o júri arrolou os mais significativos trabalhos do certame indicando-os para prêmio:
Cláudia Renault, na sua persistente pesquisa de intervenção na madeira; João Generoso; Sérgio Cappae com uma pintura que gradativamente se revigora e amadurece; Ivan Viana; Leonardo Maciel; Erli Fantini, também persistente na exploração dos recursos da cerâmica; Lariama; Eymard Brandão, das melhores presenças do setor gráfico do salão.






XIII SALÃO DE ARTE DE RIBEIRÃO PRETO
SENAC
 TADEU CHIARELLI

Dizem que 13 é um número especial e a décima terceira edição do Salão de Arte de Ribeirão Preto (aberto à visitação até o dia 2 de outubro) veio confirmar esta regra. Melhor do que aqueles que o antecederam, o SARP deste ano conseguiu pontuar algumas vertentes significativas da produção contemporânea e a obra de alguns jovens artistas de interesse. Outra qualidade desta edição: evidenciou – através de uma premiação que ultrapassou monetariamente o Salão Paulista – pelo menos dois artistas cujas obras há tempo deveriam ter sido reconhecidas num evento de abrangência nacional. Refiro-me a Eymar Brandão, de Belo Horizonte (Grande Prêmio Cidade de Ribeirão), e a Mauri Lima, de Ribeirão Preto (Prêmio Cidade de Ribeirão).
No primeiro, o desenho de filiação gestual acoplado a materiais reciclados, apesar da indefectível “elegância mineira” (na verdade um fator de preocupação), consegue mostrar-se como uma poética plenamente madura, intrigante em sua singularidade. As esculturas em ferro de Mauri Lima, por outro lado, trafegando sempre no limite entre a aparência da pedra e a realidade do ferro – uma estranha ambiguidade –, colocam o artista no pequeno grupo de escultores realmente estimulantes do país.
Além de Brandão e Lima, foram destacados no Salão, através dos prêmios, as fotos da artista Rosangela Rennó (Prêmio Cidade de Ribeirão), as pinturas de Rodrigo Castro e Rui Afonso (ambos dividiram o prêmio City Bank) e, como uma “referência especial”, as pinturas de Rachel Magalhães.
Nas obras desses artistas ficaram patentes os critérios de seleção e premiação do Salão: bom resultado técnico/formal e preocupação com a contemporaneidade. Esses critérios transparentes nas obras dos artistas citados também podiam ser percebidos na maioria das obras selecionadas para o evento, onde se destacaram os trabalhos de Giovanna Martins, Wania Barbosa, Nydia Negromonte, Luiz R. Loreto, Paló Gonçalves, Sergio Cappae e Caetano de Almeida.
O rigor usado para a seleção das obras – foram aceitos cerca de 6% dos trabalhos inscritos – propiciou uma montagem equilibrada, onde o visitante podia averiguar com calma e sem atropelos visuais os trabalhos expostos, fato incomum em eventos do gênero. Paralelo ao Salão, a comissão responsável preocupou-se em montar outras mostras, sobressaindo-se aquelas com artistas de porte reconhecido no cenário nacional, onde a questão da elaboração de uma visualidade contemporânea foi o critério capital.
Tanto a exposição “Arte Hoje-88”, na Casa da Cultura – com obras de José Resende, Waltercio Caldas, Regina Silveira, Daniel Senise, Antônio Manoel e Leonilson –, quanto a mostra da Amílcar de Castro numa das galerias da cidade, deram ao público interessado a oportunidade – raríssima fora do eixo São Paulo-Rio – de um contato direto com a obra de alguns dos artistas mais instigantes do país, atualmente.



Ribeirão Preto foi cenário de um excelente Salão de Arte. Sem rasgos notáveis ou revelações surpreendentes, o Salão de Arte de Ribeirão Preto, patrocinado pela Prefeitura local, manteve o nível dos melhores salões regionais, cumprindo sua primordial lição: a de informar o público e orientar os artistas atuantes sobre os caminhos possíveis da contemporaneidade. Com uma premiação discreta, mas uma organização primorosa, o Salão de Ribeirão Preto atraiu artistas da maioria dos Estados da Federação e, através de um júri que funcionou harmonicamente e com o necessário rigor, manteve um nível de equilíbrio e compreensão das carências e problemas regionais, no que concerne à participação da comunidade no esquema variado e instigante da criatividade em questão. Neste salão tivemos uma grata surpresa, no campo da pesquisa arte tecnologia. Trata-se da participação, com vídeo-arte, do artista José Ricardo Romero. Utilizando vídeo e computador, o artista transmitiu ao júri um nível de emoção, surpresa participação mental e percepção sensível, até agora obtido no relacionamento do espectador com as tradicionais e complexas linguagens da melhor arte universal. Sem dúvida uma conquista do fazer artístico, num momento em que a própria ciência decide recuperar-se pela intuição, pela emoção e pela poesia. Uma advertência aos que usam a ciência para dominar e poluir. O júri do Salão de Ribeirão Preto, composto por Celma Alvim, Gilberto Chateaubriand, Fernando Pamplona, Tadeu Chiarelli e este colunista concedeu, por unanimidade, os seguintes prêmios: José Ricardo Romero, Grande Prêmio Especial do Júri; Prêmios Cidade de Ribeirão Preto para Paulo Pardini (gravura), Helena Fernandes Munis (desenho), Brunhilda (pintura), Marcos Coelho Benjamin (escultura) e Teresa Duarte (desenho). Foram concedidas duas referências especiais do júri para Alex Fleming (pintura), e Vaccarini (escultura). O júri resolveu endossar, ainda, uma série de indicações para premiações, tendo em vista o interesse de empresas e particulares em adquirir obras destacadas do Salão: Cláudio Renaud, João Generoso, Letícia Evangelista, Sérgio Cappae, Cláudio Marinho, Erli Fantini, Lairana, Vagner Dante Velloni, Rosana Maioto, Domingo Seno, Atos Afonso G., Dante Duarte Diniz, Eymar Brandão, Maria Beatriz Camargo, Doriana Mason, José Maia Figueiredo, Sérgio Iplinski.


Walmir Ayala






Artes Plásticas            Mari’Stella TRISTÃO

O I Salão de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado

Com uma movimentada programação que inclui debates e palestras, mostras de vídeo e filmes experimentais, lançamentos de livros, oficina de criação, espaço livre aberto à criatividade do público, além da exposição dos artistas premiados e selecionados, será aberto, oficialmente, hoje, às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes I Salão de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. Na solenidade de abertura, serão entregues os prêmios do Salão aos artistas Marcos Coelho Benjamim, Marisa Trancoso, Cláudia Renault, Marco Túlio Resende, Marina Nazareth, George Hardy, Egydio Dias Maciel Jr., Gerson Berr, Maiato, Conceição Bicalho, Luiz Felipe Cabral, Ery Gomes, Júlio César Vaz Santos e Paulo Pardini.
Bastante procurado pelos artistas mineiros, inclusive, com uma grande participação de artistas do interior, o I Salão de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado recebeu um total de 316 inscrições, reunindo em torno de mil obras concorrentes, que foram julgadas por uma comissão formada por Celso Renato de Lima, Fábio Magalhães, Evandro Lemos e Márcio Sampaio.

A programação
Até o dia 18 de novembro, artistas e público terão um contato direto com o que vem sendo produzido na atualidade no campo das artes visuais. Para isso, além da mostra propriamente dita dos artistas premiados e selecionados (em torno de 100 participantes), a Fundação Clóvis Salgado organizou uma série de atividades paralelas, indo de debates e palestras dirigidas por especialistas em cada área, até uma expressiva amostragem do que vem sendo feito em vídeo e cinema experimental.  No caso de cinema, por exemplo, a mostra reúne em torno de 200 filmes nacionais e internacionais de curta-metragem.
Serão também criados dois módulos diretamente ligados ao fazer artístico. No caso, uma Oficina de Criação, orientada por artistas convidados e visando a troca de conhecimentos técnicos, com pesquisas de formas e expressões; e um Espaço Livre, já com inscrições abertas ao público, dedicado à manifestação espontânea de quem quer que deseje participar.
Por outro lado, dentro do título geral “A Circunstância da Arte”, o I Salão de Artes Visuais abrigará um intenso ciclo de debates, englobando temas como “Função Social da Arte”, “Arte/Resistência”, “Patrimônio Cultural” e “Política da Atuação Com as Comunidades”. Essa sequência de assuntos será aberta com a apresentação conceitual “Exclusão e Retomada”, que inspirou a criação do certame.
E também como temas de debates, haverá um ciclo de discussões sobre as novas mídias. Por exemplo, “Videorte”, “Informática: Novas Tecnologias Para Criação Artística” e Fotografia e Audiovisual Como Linguagens Artísticas”. Finalmente, a programação inclui vários lançamentos de livros como “Caixa, Casa, Corpo”, “Guia do Vídeo no Brasil”, além de álbuns de gravuras e livros de arte de autores mineiros.

Os selecionados
Pintura – Marcos Coelho Benjamim, Mariza Trancoso, Marco Túlio Resende, Marina Nazareth, Elisabeth Ramos, Raimunda, Leonard Brizola, Túlio Alvim, Jader Barroso, Henrique Lott, Konstantin, Adriano, Sérgio Cappae, Sílvia Tovo, Dorcelino, Inês de Melo Sá, Adriana F. de Vasconcelos, Celina Rubino, Fani Bracher, Juarez A. Dias Costa, Ricardo Ferrari, Ângelo Marzano, Sônia Ledic, Piti, Eri Gomes, Natália B. Assis, Aretuza Moura, Miguel Gontijo C. Demolin, Nelson Alves da Cruz, Lúcia Marques, Jaime Fortes, Selma Weissmann, Marcos Sestini, Marcelo AB, Ana Amélia Camargo, Francisco Carlos de Almeida Magalhães, Fátima Pena, Assunção Nunes, Cida Nogueira, Fernando Pacheco, Antônio Braga e Fernando Lucchesi.
Desenho – Gerson Berr Maiato, Egídio Dias Maciel Jr., Mário Azevedo, Getúlio Moreira, Soraia Neves, Zara de Castro, Eymar Brandão, Carlos Wolney, Irma Renault, Clébio Maduro, Oswaldo Mello, Sérgio de Paula e Mônica Serpa.
Gravura – Conceição Bicalho, Paulo Pardini, Wanda Tófani, Annamélia, Sidmar Estevam, George Gosling, Kiyosi Matumoto e Maluba.
Colagem – Terezinha Escobar, V. Vilela e Ninya de Aragão.
Papel Artesanal – Edna Moura.
Escultura e Objeto – Cláudia Renault, George Hardy, Marlene Trindade, Gute Brandão, R.Mutt, Ivelly, Sérgio Martins Machado, Patrícia Bernardes, Roberto Vieira, Helena Netto, Maria Tereza Baldoni, Lindsley Daibert, Sônia Labouriau, Erli Fantini/Adel Souki, A. Jorge, Fernando Flávio Rodrigues, Raimundo Gualberto, Waldecyr Bringhenti, Laurita Trancoso, Humberto Guimarães e Sérgio Lucas B.
Audiovisual – Eri Gomes/ Dui e George Helt.
Fotografia – Luiz Felipe Cabral, Fernando G. Dutra, Dilú e Rosângela Rennó.
Vídeo – Manoel Serpa, Paulo Rossi e Eder Santos.







Os Selecionados e premiados do II Salão de Artes da FCS
Depois de 20 horas de trabalho, no sábado e domingo últimos, o júri do Segundo Salão de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado decidiu pela aprovação de 20% dos trabalhos apresentados.
O júri foi composto pelos críticos convidados, Alberto Beuttenmuller e Mari’Stella Tristão, o crítico Pierre Santos e a artista Nícia Mafra, eleitos pelos artistas inscritos e convocados pela ordem de votação. Maria do Carmo Arantes e Márcio Sampaio, também eleitos com expressiva votação, declinaram da sua participação no júri. Os jurados elegeram o crítico A. Beuttenmuller presidente do júri, ficando nesse caso com o voto de minerva em caso de empate, devido à ausência de crítico convidado, Olívio Tavares de Araújo.
Consideram-se para a seleção das obras os critérios de contemporaneidade, criatividade e a boa qualidade técnica a um só tempo. O júri observou que houve melhor qualidade estética e técnica nos trabalhos de desenho e gravura e surpreendeu-se com a ausência de linguagens mais avançadas, novas mídias (arte laser, computador, holografias, vídeo-linguagem, instalações, etc.,) e a presença maior de linguagens mais tradicionais. Por isso decidiu-se aconselhar que se faça no futuro constar do regulamento do Salão itens especialmente referentes a essas novas linguagens, visando estimular a criatividade nos termos atuais.
Dos 400 inscritos num total de 1800 trabalhos, foram selecionados 84 artistas que são:
Maximino Casassanta Latorre, Luiz Jorge Abjaud, Luiz Carlos Maia, Konstantin Christoff, Maria Fernanda Castanheira Beneti, Robério Ferreira dos Santos, Lilian Malta Varella, Lincoln Volpini Spolaor, Lugmar Passos Vieira, Natália Maria Barbosa de Assis, Sérgio de Paula, Maria Mazarelo de Castro, Wanda de Paula Tófani, Jarbas Juaréz Antunes, Marília da Silva Fernandes, Marta Cristina Pereira Neves, Ângelo Fiungo Marzano, Cássio Roberto Saviani Longo, Antônio Eustáquio Antunes, Sérgio Francisco Cappae, José Eduardo de Freitas Cesar, Ricardo Pinheiro Cury, Margarida Granja Gregori, Geraldo Magela de Quaresma, Tadeu Luiz da Costa, Maria Eliza Costa Moreira, Eduardo Pedreiras Mascarenhas, Juçara Costa, Uziel K. Rozenwajn, Alcione de Araújo Braga, Adriano José de Souza Esteves, Fernando Augusto dos Santos Neto, Olga Regina Anastácia Cardoso, Fani Maria Gomes Bracher, Rosângela Rennó Gomes, Anna Amélia Lopes de Oliveira, Márcia dos Santos Ramos, Ana Maria Horta Almeida, Luís Augusto de Lima, Marco Antônio Resende, Maria Luiza Duarte Pessoa, Clébio Maduro, Carmem Diniz Gonçalves, Marcos Antunes Garcia, Eric Gomes Julio Vaz-Jimmy Lordy, Huberto E. Gontijo Borem, Fernando Flávio Rodrigues, Jader Barroso Junior, Gilberto Abreu Barbosa, Ricardo Ferrari, Ram Avraham Mandil, Maria do Carmo de Freitas Veneros, Daisy Leite Turrer, Afonso Maria Fonseca de Oliveira, Irma Renault Coelho Lessa, Luiz Eduardo Brandão Mota, Carlos Ernesto Falci, Maria Patrícia Menezes Leite, Humberto Ricardo Guimarães, Mário Lúcio Zavagli, George Alexandre Teixeira Hardy, Mônica Serra Ignácio, Selma Weissmann, Sônia Labouriau, Magda Rezende de Oliveira, Maria da Conceição Pereira Bicalho, José Antônio da Silva, Rui Antônio Santana, Edison Machado, Antônio Braga, Românticos Technologicos Lau Gustavo Kai, Ricardo Luiz Homem, Celene Brant, Júlio Cezar Coelho, Geraldo Magela Vidigal, Helena D’ Aquino Neto, Nydia Negromonte Franco, Paulo Schmidt, Alexandre Monteiro de Menezes, Fernando Corrêa de Melo Pacheco, Gerson Berr, Paulo Pardini, Rúbia Roberta Rodrigues.

Os premiados
1)      Prêmio Governador do Estado de Minas Gerais
Artista: Selma Weissmann – Pintura.
2)      Prêmio Secretaria de Estado da Cultura
Artista: Maria do Carmo Freitas – Gravura.
3)      Prêmio Fundação Clóvis Salgado – “Ano Nacional da Cultura”
Artista: Mário Lúcio Zavagli – Desenho – Grande Prêmio.
4)      Prêmio Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Artista: Ricardo Cury – Filme.
5)      Prêmio Esso Brasileira de Petróleo
Artista: Fernando Pacheco – Pintura.
6)      Prêmio Rede Globo Minas
Artista: Wanda Tófani – Desenho.
7)      Prêmio Sociedade Amigas da Cultura
Artista: Paulo Pardini – Gravura.
8)      Prêmio Instituto Cultural Newton de Paiva Ferreira
Artista: Uziel K. Rozenwajn – Desenho.
9)      Prêmio Minerações Brasileiras Reunidas S/A
Artista: Antônio Eustáquio Antunes – Pintura.
10)   Prêmio Estado de Minas S/A
Artista: Irma Renault – Desenho.

Merecem ainda destaque, Luiz Augusto de Lima, Marcos Garcia, Conceição Bicalho, Mônica Serpa, Paulo Schmidt e Sérgio Cappae.







SALÃO
Como nos anos anteriores, o Salão Nello Nuno em sua 8ª edição, foi o maior acontecimento cultural nos âmbitos municipal e estadual, consagrando-se definitivamente como um ponto marcante das artes plásticas.
Nello Nuno de Moura Rangel foi um artista consagrado, tendo nascido em Viçosa em 1939 e falecido em BH em 1975. Já em 1986, em homenagem ao grande artista, acontecia o I Salão com seu nome, idealizado pelo Prof. Benito Taranto, que até hoje se mantém em sua coordenação com o apoio de sempre da Universidade Federal de Viçosa e é assim que ele qualifica este Salão: “é um trabalho da UFV com objetivo de estimular o jovem artista de Minas e difundir o nome da UFV como uma Instituição que preocupa com a cultura, não ficando limitada apenas às ciências agrárias; e o Salão Nello Nuno é uma das atividades de extensão dessa casa.”
Outros artistas premiados
·        Além da mostra de 39 trabalhos da retrospectiva dos Salões anteriores, cerca de 680 obras concorreram no VIII Salão e destas 159 foram selecionadas pelo júri para serem expostas dando ao espectador uma visão do panorama das artes plásticas mineira contemporânea e o de conhecer o que se faz hoje em Minas. Um total de 53 artistas estão expondo seus trabalhos até o dia 14 de junho, no Centro de Vivência, aberto à visitação pública no horário de 12 às 22 horas.
·        Os artistas premiados foram: Paulo Pardini, gravura em metal, denominada Movimentos – Leonino Leão, pinturas denominadas Janela do Caos – Fernando Augusto dos Santos Neto, pinturas. Denominadas, Homem do Corpo Fechado – Sérgio Cappae, pintura, denominada Fantasma Emocional – Fundação João Pinheiro, vídeo-cassete, denominado Dandar Mulher Negra – Raquel Teixeira, desenho, denominado S/T.
O destaque especial foi para Roberto Vieira, escultura, denominada Fragmentos. Todos receberam prêmios oferecidos pela UFV – Circuito Cultural – Libor Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e Associação Comercial de Viçosa. O júri que selecionou todos os trabalhos foi formado por Moacyr Laterza, Arlindo Daibert, Celma Alvim, José Guilherme de Oliveira, Fátima Cristina Martins e Nelo Moura Rangel Neto.
·        Este ano foi escolhido para expor seus trabalhos junto ao Salão, como Sala Especial, o pintor Ruy Merheb, que nasceu em Ipameri-GO, onde viveu apenas sua infância, vindo a seguir residir em Minas Gerais, onde iniciou sua arte, em Juiz de Fora, passando por Ponte Nova e Viçosa, como funcionário concursado do Banco do Brasil. Esta homenagem, além do merecido reconhecimento à sua obra e a seu grande talento, tem um sabor de um “diploma público” de mineiridade, ao que já fazia jus. Na pintura aprofundou-se mais nas técnicas de óleo e têmpera, com participação, desde 1963, de exposições individuais e coletivas em capitais e várias cidades.
Benito Taranto (centro, de óculos) ladeado por artistas premiados.




VIII Salão Nello Nuno
A Comissão Julgadora da VIII Salão Nello Nuno selecionou para exposição os seguintes artistas: Marilda Castanha, Adrianne Izabelles. Gallinari, Breno Barbosa, Claudia França, Claudia Paoliello, Cristina Corradi Mello, Edileila Maria Leite Fortes, Ferrucio Verdolin Filho, Helena Fernandes, Lúcio César de Oliveira, Marialia Fernandes, Marta Cristina Pereira Neves, Raquel Teixeira, Renato Abud Haddad, Ricardo de Cristóforo, Ricardo Luiz Homem, Rosângela Rennó, Rosiane Oliveira Silva, Sheyla Cabral Costa, Cláudia Rocha Dário, Eraldo José Pinheiro, Grupo Oficina de Papel Artesanal, Júlio César Freitas Pereira, Raul Francisco Magalhães, Roberto Vianini, Sérgio Martins Machado, Luiz Eduardo Dias, Alfredo Nobel Rodrigues Pinheiro, Andrea Pimentel Mendonça, Cláudio Vultaggio, Elmir Fonseca Magalhães, José Carlos Cardoso, Leonor Cristina de Figueiredo Campos, Paulo Pardini, Roberto Gonçalves Ribeiro, Tadeu Mattoso, Eduardo Pederneiras Mascarenhas, Fernando Augusto dos Santos Neto, Flávia Levindo Coelho, Gedley Belchior Braga, Gustavo Porto Ribeiro, Jimmy Leroy Faria, José Carlos Cardoso, Leonino F. R. Leão, Luiza Gomes, Luiz Henrique K. Félix, Maria do Carmo Almeida, Maria Tereza Pereira Penna, Murilo de Paulo Godoy, Nelson Alves da Cruz, Patrícia F.
Moreira, Regina Cássia Duarte Miranda, Ricardo Cristóforo, Roberto Goulart, Roberto Pereira, Sérgio Francisco Cappae, Simone Mata de Moraes, Walter Trindade de Assis Jr, William C. Santiago e Manuel da Cruz.




Premiação do Salão Nello Nuno
Comissão integrada por Arlindo Daibert Amaral, Moacyr Laterza, Celma Alvim, José Guilherme Oliveira, Fátima Martins e Nelo Moura Rangel Netto, concedeu premiação aos seguintes artistas inscritos no Salão Nello Nuno, Paulo Pardini, Leonino Leão, Fernando Augusto dos Santos, Sérgio Cappae e Rachel Teixeira (menção honrosa).


No setor de vídeo-cassete foi premiado o filme “Dandara – Mulher Negra” produzido pela Fundação João Pinheiro e dirigido por Regina Motta.








Salão da Pirelli: Resultado Regional
A Comissão Organizadora do Segundo Salão Nacional de Pintura Jovem, da Pirelli, já escolheu os trabalhos dos artistas que irão representar o Estado de Minas Gerais na seleção nacional que se realizará nos dias 31 de agosto e primeiro de setembro em São Paulo.
A Comissão Regional foi formada pelos jornalistas Geraldo Magalhães, Carlos Felipe M. Marques Horta, Gerson Salvador Pinto (Son Salvador) e Mari’Stella Tristão.
Presentes ao julgamento, os senhores José Pessoa Macedo, gerente geral da Filial Pneus em BH; Dino Cavaliere, assistente de comunicação da Pirelli em São Paulo, Sílvio Toledo César, da Publitec Propaganda (encarregada da publicidade da empresa), Zuleika Alves, da filial BH; todos integrantes da coordenação do evento.
               Inscreveram-se 151 artistas, dentre os quais – observada a proporcionalidade estabelecida no regulamento do salão – foram indicados vinte trabalhos que serão novamente julgados na final de São Paulo. Cem (100) artistas de todos os estados terão sua obra exposta no Salão que se realizará em Ibirapuera. Entre esses, vinte indicados pela comissão nacional serão premiados com três milhões de cruzeiros, cada um.

Os selecionados
Em função do confronto nacional a que serão submetidas às obras mineiras, o Júri procedeu a uma escolha rigorosa, obedecendo ao critério de contemporaneidade da obra, a par da criatividade e valores técnicos da pintura.
Foram selecionados: Maria de Fátima Inchaust, Márcio Antônio Pereira, Cássio Roberto Savassi Longo, Sérgio Nunes de Morais, Marcos Sestini, Júnia Andrade Silva, Raquel Teixeira, Maria de Fátima Oliveira, Samuel Pereira de Souza, Rui Antônio Santana, Sergio Francisco Cappae, Juçara Costa, Mário Lúcio A. Maia, Egídio D. Maciel Júnior, Afonso
Pena Mascarenhas Júnior, Ricardo Ferrari, Maria Fernanda C. Beneti, Junia Maria Paiva, Fernando Flávio Rodrigues e Fernando Fonseca.
Os artistas inscritos são de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Ouro Preto, Lafayete, Sete Lagoas, Lagoa Santa, Juiz de Fora, Barbacena, Belo Horizonte, Itaúna e Viçosa.

Os selecionados tiveram seus trabalhos expostos no Via Marquês, ontem durante o coquetel oferecido pela Pirelli.








NOVÍSSIMOS DE MINAS COLETIVA
De 6 a 30 de maio de 1986
Abertura: 6 de maio – 18 horas Biblioteca Pública Estadual
 “LUIZ DE BESSA”
Praça da Liberdade BH/MG


DESENHO


José Alberto Nemer
Manoel Serpa de Andrade

  
Para quem acompanha o dia-a-dia criativo desses jovens artistas, sem dúvida gratificante ver seus trabalhos juntos, reunidos nessa exposição. Diante da experiência livre e muitas vezes dispersa do Atelier, só mesmo quem acredita no processo de criar e em sua força maior consegue     ficar imune ao ceticismo e ao descrédito. Várias tendências, diferentes abordagens, técnicas variadas. Isso é sempre um bom sinal, quando se faz o balanço de um Atelier coletivo no âmbito de uma instituição. Aí está o que produz o Atelier de Desenho da Escola de Belas Artes da UFMG. Essa exposição se deve ao apoio da Associação de Cultura Franco-Brasileira que tem, a cada dia, consolidado sua participação na vida cultural da comunidade.
José Alberto NEMER